Meus olhos, périplo
Desejam alcançar
Seus olhos perdem luz
Na imensidão do mar
Meus olhos pedem nus
A rendição fugaz
Seus olhos ferem crus
Na dentição voraz
Seus olhos prego em cruz
O meu prazer brutal
Meus olhos querem-nos
Na perdição vulgar
Eles fogem longe, implodem em mim
Explodem hoje, escorrem
Eles podem ir onde somem, sim
Se mordem, escondem, correm
Sem jamais
Ter hora e entra agora, dentro, embora
Queira mais
Melhora apenas quando chega logo aqui
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