Declaração de Guerra Songtext - Mv Bill

Declaração de Guerra - Mv Bill

Hei mãe, o terror vai começar
Coloca a janta, talvez a última, o bicho vai pegar
Se eu não voltar sorria
Guerra é a em busca da alegria
Eu luto pela salvação
É tudo em nome da razão
Acenda a vela a meia noite
É o código da revolução
Os Generais nem imaginam nosso plano
Pensam que é mais um engano
Os pretos estão do lado de cá
São soldados aliados ao PPPomar
Os diretores dos presídios forjam fugas
Tensão nas celas, nos bueiros, são sangue sugas
Libera a fuga diretor! solte os detentos
Pelados na rua escura, sem lamentos
O nosso exercito só entra loucos,
Lixo, resto, praga, porco
Bichos, gente que vive na amargura
Não nos restam mais ternura
Avisei que a guerra era inevitável
Pra quem vive em condições desfavorável
Subestimaram, pagaram pra ver, tão vendo
Ignoraram a nossa coragem, tão morrendo
A violência não fui eu que inventei
Somos culpados condenados
Chega de ouvir esse discurso social
Chega de ouvir o lenga lenga racial
Sou animal sou, sou canibal, eu sou letal
Eu sou a praga que ...
Não aceito ser chamado de artista
Sou favelado, Incendiário, um terrorista
Venham padres, Índios, bichas.
A luta é o coração de um guerreiro ativista

CONVOQUE OS ÍNDIOS CONVOQUE OS CANIBAIS ***
CONVOQUE OS SONHOS DOS NOSSOS ANCESTRAIS ***
Vou invadir mais um Hospício
Vivemos num ao precipício
Vou procurar mais guerrilheiros pra esta noite
Vida longa aos pretos, fim do açoite
Vou programar mais homicídio para esse dia
Fim da vida aos brancos, da covardia
A sede da alforria nos conduz
Um novo rumo nos seduz
São Benedito nos proteja esta noite
O fim ta perto...
Sem terra, sem teto sem nada nos dentes
Sem fama, sem grana, sem luz ou parentes
se cair os dentes - siga-me
se perder o emprego siga-me
Ta passando fome - siga-me
se perder o medo siga-me
Ta com olho Gordo siga-me
Tem amor à vida siga-me
Trombadinha, mendigo, ladrão
Sangue nos olhos, jamais compaixão
A guerra não é só minha! é nossa,
Nossa! quanta fumaça, quanta desgraça
Essa guerra vem de outrora
mas nossa coragem só veio agora
Vivemos num campo de concentração
Somos o lixo, a bucha do canhão
De um lado os Alvos, brancos, tiranos
Senhores carrascos mundanos
Do outro, o medo, os pretos, plebeus
Escravos, mulatos, ateus
De um lado o Luxo, o clássico, o bem
Doutores, Madames também
Do outro, pobreza, O rap a fome.
Maus tratos . ... .
Perdão, meu crime foi nascer nessa terra
Orgulho escorre na viela da favela
Vesti minha armadura o destino foi traçado
Não recue escolha um lado
Em cada metro quadrado
Somos 10 refugiados
Si é esse o lindo, velho, eterno céu de anil
Não tenho dúvida, vou botar fogo no Brasil
Aqui no morro à molecada caí e corre quando passa um avião ***
Quem sabe um dia cai um pão, mas não, cansaço em vão ***
Vai seu piloto, rala peito, vai na fé!
leve nas asas a nossa imagem de mané,
Era um modelo S-1 Americano,
Ou S-2 se não me engano
Vão liderando o bombardeio anti-humano
Ratificando o seu projeto soberano
Do norte ao Sul do leste ao oeste,
Ou vai ou racha, ou dá ou desce.
Vai peixeira ou de garrucha
Não vamos mais servir de bucha
Chamem o Zé lá do Nordeste
E os irmãos cabra da peste
Do Iapoque ao Chuí, Ruanda ao Tibé
Nosso grito é dor, o silêncio de fé
Vamos ser o poder terra.
Nossa declaração é de Guerra.
Geledés, Crioula, Mangueira, cadê vc?
Áfroreggae, Atobá, Vovô, Ileiaê.
CEAP, Candial, M.N.U
Rima de Cima, Orunmilá, OLODUM
Nossa cara é lutar, não por direitos
Nossa luta não é mais por respeito
mas pelo poder até vencer
Doe em quem doer
Fuja do hospício e - Siga-me
monte seu feitiço e - Siga-me
Quer roubar um banco - Siga-me
se não tem dinheiro - Siga-me
Se ta condenado - Siga-me
Si é retardado - Siga-me
Fuja da policia e - Siga-me
Longe da Justiça - Siga-me

Vamos pedir mais orações aos evangélicos
A guerra é turva, Jesus precisa estar bem perto
Mãe Joaquina acenda o defumador
Salve a fumaça, com aroma ou odor
Alivia nossa dor
Essa noite é de horror
Feixe os corpos e as almas desses pretos
Pretos pobres, pobres pretos,
Diminua a nossa dor
Louvação ao senhor
São meia noite o black-out geral
Sirenes, apitos, o breu é total
Armas em punho, crianças dormindo
Nos subestimaram, estão sorrindo
Sangue nos olhos a noite chegou
Não tem mais arrego, não tem caô
Camelôs, coveiros, cozinheiros, pedreiros
Carteiros, torneiros, padeiros, funkeiros
Essa a nova e nossa construção
Somos nós os guerreiros da revolução

DEIXEM PRA TRAZ A NOSSA DOR
DEIXEM PRA TRAZ O NOSSO AMOR
Ladrão vá a um banco traga mais cofres
Conte com a sorte, dê mais um bote
Parem às guerras, vermelhos, terceiros
Somos brasileiros não é só dinheiro
Mais ideologia, menos conflitos
Não façam de nós um grupo de risco
O inimigo é outro, não ta na favela
Basta olhar da sua janela
Qual é seu partido preciso saber!
PMDB, PT, Satã ou ou TC?
Si é for direita, não me contemplou
Se for de esquerda, me ignorou
Se for de bandido um caso a pensar
Vou me filiar preciso arriscar
Adestrador prepare os cães, não dê comida, ***
Avise aos lobos a pele é branca e a carne é viva ***

Aí neguim! sai do sinal largue a cocada
Somos Zumbi da madrugada
Se encontrar aquele loiro no caminho
Pode atirar, leve seu sonho de menino
Seu fazendeiro, não há mais tempo pra remorso
Vou transformar seu paraíso em destroços
Seu seringueiro essa batalha ta fechada
Os bóias frias não querem saber de nada
Seu Senador entregue o cargo
VC é só mais um safado
Seu julgamento chegou
Nossa miséria o condenou
Não dá pra pedir socorro
É dente por dente, é olho por olho
Se seu filho ta perdido - Siga-me
Se você virar bandido - Siga-me
Se não tem coragem - Siga-me
Ser baleado Siga-me
Se foi estuprada Siga-me
Teve a alma afetada Siga-me
Se vc tem câncer Siga-me
Se vc tem lepra Siga-me
Essa luta é racial
Essa luta radical
Ninguém se espanta
Que é guerra santa
É guerra preta, marrom e Branca
Marca bobeira tú vira planta
Eu sou ateu, protestante, Judeu
Eu sou Masson, Rosa cruz, fariseu
Sou do bonde do Macedo, vou sem medo
Eu sou Jair de Ogum, estalo o dedo
Sou a luz do universo em desencanto
Ouça a voz do acalanto!
É guerra sim, fala Tim!
Há, se o povo Negro me pudesse ouvir!
Não tem mais jeito
Não tem refresco

Não á tempo pra rever nosso respeito
Não há cortina pra esconder o preconceito
Não há mais como saber o que é direito
Não faz sentido questionar se é desse jeito
Só sei que a guerra começou
Só sei que a chapa esquentou

PASSAMOS QUINHENTOS ANOS PARA ENTENDER ESSE PAÍS
SE QUISER QUE NOS ENTENDAM, SÓ QUEREMOS É SER FELIZ

Maria dê veneno pra Rainha sua patroa
Caiu à casa da coroa
Caiu por terra a arrogância
Viva a voz da ignorância
Abra a porta e a panela
Liga o som, abre a janela
A favela vai entrar, obâ
Um filme que vai começar
Prepare a mesa prôs soldados
Um bando de desesperados
Estão famintos pra jantar
Meninos de Rua que esta noite vão lutar.
Já são mortos, parasitas, nada assusta
Vão à guerra, vão de bucha
Não pertencem ao lado bom mundo
Ao um submundo vagabundo
todos pretos, quase todos, de tão sujos
Todos sujos, todos pretos tão imundos
Deus vai nos perdoar, Deus vai nos entender
Deus vai nos ajudar, chega de padecer
De um Lado humanos, do outro, manos
Todos desumanos
Si tem maus fluídos - Siga-me
Se você é orfa - Siga-me
Si vive em desespero - Siga-me
Se for violento - Siga-me
Se for favelado - Siga-me
Se for bóia fria - Siga-me
Se o nome for Maria - Siga-me
Se foi torturado - Siga-me

Ódio não leva a nada
Quem se afoga nada
Quem não come nada
Quem não vale nada
Nós não temos nada
Não somos de nada
Não alcançamos nada
Não Construímos nada

Os carecas do ABC estão lá atrás entrincheirados ***
A paz às vezes é assim.Tire os escalpos dos safados ***

Brancos camaradas larguem as espadas
Peçam arrego, chegou a madrugada
Mãos ao alto, vocês perderam!
Não mexam um fio se quer de cabelo
Acabou o desafio, proibido pensar
Sei o quanto é difícil aceitar
Tenho a mão no explosivo – pá-pá
Pronto pra detonar - pá.pá
Um dedo no gatilho - pá-pá
É melhor se entregar
Essa guerra foi vencida
Pense na despedida
Que eu poupo sua vida
Vocês não tem saída
Faz seu último pedido
Menos ser meu amigo
Isso não faz sentido
Sou herói, de bandido
Os pretos vão te julgar
Não precisa chorar
Não precisa apelar
Vamos te decepar
Devolvam o samba e nossa cultura
A Capoeira, e os blocos de rua
A história queimada ou vendida
A Morte é o fim, a guerra é a vida
Não vamos ficar de boca fechada
Calados sem fazer nada
Aceitar o tempo passar
Esperando a morte chegar.

Teve o Braço decepado Siga -me
Si está angustiado Siga-me
Se você foi derrotado Siga-me
Si é matador de tarado Siga -me
Se o ódio ta na veia Siga-me
Se perder sua visão Siga-me
Se o caminho é contramão Siga- me
Si quer a revolução Siga-me

(Grito do Bill):
_ HAAAAAAAAAAiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

(Bill chama sua mãe):
_ MÃE! MÃE! MÃE!

(Mãe do Bill):
_ Bill, Bill! Calma, filho. calma, eu to aqui, calma, Eu to aqui com v/c

(Bill em voz baixa e reflexiva):
_ Mãe!

(mãe responde no mesmo tom e mais singelo):
_ Sim filho, eu to aqui

(Bill):
_ Mãe eu tive um sonho horrível, eu sonhei que os pretos se rebelaram, que eles enfim, se revoltaram no mundo inteiro. Começaram aqui pelo Brasil, mas foi horrível. Foi uma grande guerra, muitas pessoas morreram, crianças, velhos, padres, pretos e brancos, muitas pessoas inocentes morreram. Foi horrível mãe.

(Voz da mãe):
_ E o que mais você lembra filho?

(BILL):
_ Eu não sei direito, era tudo muito confuso, tinha muita fumaça, muito ódio na cara das pessoas, havia muito desespero.
Tudo muito sem sentido, foi horrível!
Horrível!
(A Mãe):
_ Quem venceu a guerra filho?

(BILL):
_Os pretos, mãe
Os brancos se renderam.

(Mãe):
_ Ta bom filho, fique calmo, já passou.
Tudo isso só poderia ser mesmo um sonho, a paz vai reinar por toda a vida, e os pretos um dia vão lutar e vencer, mas sem derramamento de sangue. Deus é pai de todos nós. Agora volta a dormir menino.
Vire para o outro lado e Você vai dormir melhor. Boa noite.

(BILL):
_ Boa noite.
(BILL):
_ Mãe! que horas são?

(Mãe):
_ Meia noite

(BILL):
_ Que?
(Mãe):
_ Meia noite em ponto! reze e vai dormir.

(Bill):
_ Ta bom, eu vou.
Mas apague a luz e acenda uma vela por favor! Boa noite .


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